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Vou dar de beber à dor

Amália Rodrigues

Foi no domingo passado que passei À casa onde vivia a Mariquinhas Mas está tudo tão mudado Que não vi em nenhum lado As tais janelas que tinham tabuinhas Do rés-do-chão ao telhado Não vi nada, nada, nada Que pudesse recordar-me a Mariquinhas E há um vidro pregado e azulado Onde havia as tabuinhas Entrei e onde era a sala agora está À secretária um sujeito que é lingrinhas Mas não vi colchas com barra Nem viola, nem guitarra Nem espreitadelas furtivas das vizinhas O tempo cravou a garra Na alma daquela casa Onde as vezes petiscávamos sardinhas Quando em noites de guitarra e de farra Estava alegre a Mariquinhas As janelas tão garridas que ficavam Com cortinados de chita às pintinhas Perderam de todo a graça Porque é hoje uma vidraça Com cercadura de lata às voltinhas E lá pra dentro quem passa Hoje é pra ir aos penhores Entregar ao usurário umas coisinhas Pois chega a esta desgraça toda a graça Da casa da Mariquinhas Pra terem feito da casa o que fizeram Melhor fora que a mandassem pras alminhas Pois ser casa de penhores O que foi viveiro d'amores É ideia que não cabe cá nas minhas Recordações do calor E das saudades o gosto Que eu vou procurar esquecer Numas ginginhas Pois dar de beber à dor é o melhor Já dizia a Mariquinhas Pois dar de beber à dor é o melhor Já dizia a Mariquinhas

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※ Letrista

Alberto Janes

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Enviado el 17 de octubre de 2022 Por Anonymous

Comentarios

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Amália Rodrigues
Lo mejor de
Amália Rodrigues

Nombre Lanzamiento o Álbum

Vou dar de beber à dor

Fecha de Lanzamiento

1 de enero de 1968

Idioma

language Portugués

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Palabras

Palabras más usadas en esta canción

pois casa mariquinhas melhor nada onde esta